quarta-feira, maio 30, 2007

O Espírito Santo actua em nós (17º Encontro de Jovens)


Neste encontro e como em todos os outros estivemos com a graça do Espírito Santo! Reunidos em comunidade, em grupo, partilhando e vivendo uma mesma Fé, Cristo, torna-se presente, encontra-se no meio de nós como se encontrou entre os seus apóstolos.
Começei por felicitar alguém que durante este ano têm sido uma grande companheira nesta viagem para Deus, alguém com quem partilho esta dádiva de acreditar, de esperança, de alegria... E deste modo abracei e entreguei um presente à minha amiga Sara que tanto amo...
No entanto o presente não se destinava a ficar com ela e li: Tens muita sorte. Foste premiada com este presente. Somente o amor e não o ódio é capaz de curar o mundo. Observa os amigos à tua volta e passa o presente que recebeste para quem achas mais ALEGRE
e, passou á Soraia, lendo:
ALEGRIA! ALEGRIA!Hoje é festa, pessoas como tu transmitem optimismo e alto astral. Parabéns, com a tua alegria passa o presente a quem achas mais INTELIGENTE.
a Soraia passa à Cláudia, lendo:
A inteligência foi nos dada por Deus. Parabéns por ter encontrado espaço para demonstrar este talento, pois muitas pessoas são inteligentes e a sociedade, com seus bloqueios de desigualdade, impede que eles desenvolvam sua própria inteligência. Mas o presente ainda não é teu. Passa a quem te transmite PAZ.
a Cláudia passa ao Marco, lendo:
O mundo inteiro clama por paz e tu gratuitamente transmites esta tão grande riqueza. Parabéns! Estás a fazer falta às grandes potências do mundo, responsáveis por tantos conflitos entre a humanidade. Com muita Paz, passa o presente a quem consideras AMIGO.
o Marco passa à Cláudia, lendo:
Diz uma música de Milton Nascimento, que "amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração". Parabéns por seres amigo, mas o presente. . . ainda não é teu. Passa a quem consideras DINÂMICO.
a Cláudia passa ao Ricardo, lendo:
Dinamismo é fortaleza, coragem, compromisso e irradia energia. Sê sempre agente multiplicador de boas ideias e boas acções em teu meio. Parabéns! Mas passa o presente a quem achas mais SOLIDÁRIO.
O Ricardo passou a mim, lendo:
Parabéns! Provas ser uma continuação e um seguidor dos ensinamentos de CRISTO. Solidariedade é de grande valor. Olha para os amigos e passa o presente a quem consideras BONITO.
eu passei à Carla, lendo:
Parabéns! A BELEZA completa a criação humana e sua presença torna-se marcante, mas o presente ainda não será teu, passa a quem achas que tem mais ESPERANÇA.
a Carla passa ao Miguel, lendo:
Quem tem ESPERANÇA sabe superar todos os obstáculos com alegria, esperando o melhor da vida e transmite aos outros a certeza de dias melhores. Parabéns por seres uma pessoa de esperança! É bom conviver contigo, mas o presente ainda não será teu. Passa a quem achas ser CARIDOSO.
O Miguel passa à Sara T., lendo:
A caridade é como diz São Paulo aos Coríntios: "ainda que eu falasse a língua dos anjos, se não tiver caridade sou como o bronze, que soa mesmo que conhecesse todos os mistérios, toda a ciência, mesmo que tomasse a fé para transportar montanhas, se não tiver caridade de nada valeria. A caridade é paciente, não busca seus próprios interesses e está sempre pronta a ajudar, a socorrer. Tudo desculpa, tudo crê, tudo suporta, tudo perdoa". Tu que és assim tão perfeito na caridade, mereces o presente. Mas mesmo assim, passa o presente a quem acha ARTISTA.
a Sara T. passa à Sara C.,lendo:
Tu que tens o dom da Arte e sabes transformar tudo, dando beleza, luz, vida, harmonia a tudo o que tocas. Sabes suavizar e dar alegria a tudo o que fazes. Admiro-te porque és realmente um artista, mas o presente ainda não é teu. Passa a quem achas que tem FÉ.
a Sara C. passa à Cláudia, lendo:
Fé é o dom que vem de Deus. Feliz és por ter fé, pois com ela suportas tudo, esperas e confias porque sabes que Deus virá em socorro nas horas difíceis e poderás ser feliz. Diz o salmo 26 " O Senhor é a minha luz e minha salvação, de quem terei medo?" Se acreditas e esperas tanto de Deus, sabes também esperar e ter fé nos homens e na vida e assim serás feliz. Mas o presente não é teu, pois não precisas dele.
Abre o presente e distribui por todos, desejando-lhes FELICIDADES !
E a nossa amiga Cláudia abriu o embrulho que tinha dentro uma caixa de rebuçados e distribui por nós todos.
Após este belo momento, em que todos nos demos um pouco e realçámos os dons de cada um, foi pedido que fizemos em tom de oração um desenho do que para nós é o Espírito Santo ou seus dons.
Para tal, fomos para uma sala preparada com velas, musica e a Palavra de Deus em Cartaz com seus dons rodeando o envangelho desse domingo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam,com medo dos judeus,veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:«A paz esteja convosco».Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.Jesus disse-lhes de novo:«A paz esteja convosco.Assim como o Pai Me enviou,também Eu vos envio a vós».Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:«Recebei o Espírito Santo:àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados;e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».
Dons do Espírito Santo: 1. Sabedoria; 2. Entendimento; 3. Conselho; 4. Fortaleza; 5. Ciência; 6. Piedade 7. Temor de Deus.
Terminados os desenhos, sentámo-nos numa manta e ouvimos cada elemento a partilhar sobre o que desenhou, seu significado, o que seu coração nos tinha a dizer sobre o Espírito Santo. Após cada partilha, colocava o seu desenho na parede em, volta do cartaz com o Evangelho.
Foi, então a vez de em partilha geral, em debate, percebermos um pouco melhor o verdadeiro siginigado do envio do Espírito Santo e seus Dons, com a ajuda de alguns textos e com a grande graça de termos o Padre José connosco.
Com uma nova iluminação observámos várias imagens e escolhendo uma (ou duas!) explicámos de novo o seu simbolismo para nós, mas já à luz da comunidade Cristã, do todo que nós somos... do corpo unificado em Cristo com o Pai e o Espírito Santo. Colámos na parede que agora fica completa com um pouco de cada um, fica rica!!! com tanta partilha, com um pedaço de cada um!!
Em pé chegou o momento de oração... damos um toque à Ana Margarida (que neste encontro não pode estar presente) que nos liga e reza connosco:
Sob a acção do Espírito Santo…
Quando chegou o Pentecostes,
os discípulos encontravam-se todos juntos…
Tu realizas a tua promessa, Senhor Jesus.
O Espírito vem transformar os teus discípulos.

O duplo símbolo do vento e do fogo manifesta a sua obra neles
e também o que Tu desejas fazer em nós.
O Espírito sopra sobre os apóstolos, varrendo o seu medo,
abrindo as portas da casa… e do seu coração.

O medo mantinha-os escondidos, mas agora põem-se a falar.
Dirigem-se à multidão vinda a Jerusalém de todas as nações.
Como um fogo que ilumina, aquece e se espalha,
o Espírito faz com que eles proclamem as maravilhas de Deus.
Querem acender em todos os corações
o fogo do amor que queima neles.

O Espírito leva-os a fazer-se compreender em todas as línguas.
Envia-nos o teu Espírito, Senhor!
Renova o Pentecostes na tua Igreja para a salvação do mundo!
Como um vento,
que o Espírito varra em nossos corações
tudo o que nos impede de fazer a tua vontade.

Que Ele aja e mantenha aberto este coração
que tantas vezes se fecha em si mesmo
e se fecha aos outros… e também a Ti, Senhor!

Como uma língua de fogo,
que o Espírito nos cure do nosso mutismo.
Que Ele nos ensine a rezar, a falar, a conversar contigo,
como uma criança com o seu pai,
como um amigo com o seu amigo.

Que Ele nos dê a linguagem do amor fraterno com todos,
a linguagem do coração que ultrapassa o obstáculo das línguas,
esta linguagem em que o acolhimento,
a atenção ao outro, o cuidado do outro dizem mais do que as palavras.
Ó Senhor, envia o teu Espírito que renova a face da terra!
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Amén.
Retiramos os nosso desenhos e sem ver entregamos a um amigo... Como é maravilhoso constatar que o Espírito age através de nós e alegra o que está triste com o desenho da alegria e felicita com a vida aquele que está desmotivado...
Para conviver mais um pouco ceamos os bolinhos que, desta vez foi a Cláudia que levou, acompanhados com um cházinho:)
Obrigado meu Deus por estes encontros, que nós jovens saibamos ver os teus dons nos que nos rodeiam e a proveitar os que nós temos para fazer deste mundo um mundo melhor.

domingo, maio 13, 2007

Senhora de Fátima


Senhora, um dia descestes

À terra que em vós confia:

Descestes à Serra de Aire.

Em plena Cova da Iria.




Nas mãos trazíeis um terço,

Que pende da vossa imagem:

Na fronte uma estrela de ouro

Nos lábios doce mensagem.



Falando a três pasorinhos

De cima duma azinheira.

Pregastes a penitência

Aos povos da terra inteira.






Pedistes que nos unissemos,

Em oração e concórdia

Com pena dos pecadores,

Ó Mãe de misericórdia.


Olhai, ó Virgem, do Céu

O mundo que pede luz.

Bendita sejais, Senhora,

Bendito seja Jesus!

quinta-feira, maio 10, 2007

Oração pelos Doentes

Esta sexta dia 11 Maio, vamos participar numa oração pelos doentes!
Estes doentes são aqueles que sofre e que muitas vezes nos surpeendem com a sua enorme fé, são também aqueles que desacreditam perante as dificuldades. É por todos eles que iremos rezar. Aqui deixo uma pequena oração:



Oração pelos Doentes

Ó meu Deus, aqui está este doente diante de Vós.
Ele veio pedir-Vos o que deseja e que considera como a coisa mais importante para si.
Vós, ó meu Deus, fazei penetrar em seu coração estas palavras:
O importante é a saúde da alma!
Ó Senhor, que se cumpra nele a vossa vontade completamente e, se desejais que se cure, seja-lhe concedida a saúde; mas sendo outra a Vossa vontade, que ele saiba carregar a cruz.
Peço-Vos também por nós, que intercedemos por ele; purificai os nossos corações para que nos tornemos dignos de transmitir a vossa santa misericórdia.
Protegei-o e aliviai a sua dor, que nele seja feita a Vossa vontade; que, através dele, seja revelado o vosso Santo Nome.
Ajudai-o a carregar a sua cruz com coragem.
Ámen.


Fonte:www.paroquias.org

segunda-feira, maio 07, 2007

A Cruz



A Cruz é o fruto da liberdade e do amor de Jesus. Não era necessária. Jesus qui-la, para nos mostrar o seu amor e a sua solidariedade com a dor humana. Para partilhar da nossa dor e torná-la redentora.

Jesus não veio suprimir o sofrimento: o sofrimento continua presente entre nós. Também não veio explicá-lo: continuará a ser um mistério. Veio para o acompanhar com a sua presença.

Ao contemplar a dor e morte de Jesus, o Santo, o Inocente, o Cordeiro de Deus, não podemos revoltar-nos diante do nosso sofrimento nem diante do sofrimento dos inocentes, embora continue a ser um tremendo mistério.

Jesus, em plena juventude, é eliminado e aceita a morte para nos abrir o paraíso com a força da sua bondade: «Na plenitude da vida, sendo o nosso guia e exemplo, deu o passo para a morte, porque Ele assim quis. Contemplai, aberto pela força de um Cordeiro, de par em par, o paraíso».

Em toda a sua vida, Jesus não fez mais do que descer: na encarnação, em Belém, no desterro. Perseguido, humilhado, condenado. Apenas sobe na Cruz. E nela está elevado, como a serpente no deserto, para que O vejamos melhor, para nos atrair e nos infundir esperança. Pois Jesus não nos salva de fora, como por artes mágicas, mas sim de dentro, partilhando os nossos problemas. Jesus não está na Cruz para nos ensinar como um mestre, com palavras, mas sim para partilhar a nossa dor solidariamente.

O discípulo, porem, não é de melhor condição que o mestre, diz Jesus. E acrescenta: «Aquele que quiser vir comigo que se renegue a si mesmo, carregue com a sua cruz e siga-me».

Não se vai para o céu, hoje, nem daqui a vinte anos. Vamos quando formos pobres e estivermos crucificados. «Sobe à minha cruz. Eu ainda não saí dela».

Não tenhas medo da Cruz. A Cruz aceite – não a procurada – tem um grande valor...

“Disse uma ostra a outra ostra: «Sinto uma grande dor dentro de mim. É pesada e redonda a minha carapaça e faz-me sofrer». A outra ostra replicou-lhe, com astúcia: «Bendito seja o céu e a terra e o mar. eu não sinto nenhuma dor dentro de mim. Sinto-me bem e feliz». Um caranguejo, que ia passando por ali, ouviu-as e disse para a que se sentia feliz: «Pois, sentes-te bem, mas a dor da outra é uma formosa pérola».

É a ambiguidade da dor. Quem não sofre, fica imaturo, verde. Quem a aceita, santifica-se. Quem a rejeita, amargura-se e revolta-se.

domingo, maio 06, 2007

Eu te rogo

Eu não sei
Se tu me amas
Ou se estás ai
E nem sei se tu entendes
Esta humilde prece

Eu sou só um homem
Com a minha alma nua
Eu sempre fui renegado
Como um dia
Foste Tu

Protege os homens
Que buscam o Amor
Tem piedade
Pois vivem na dor

Ama o meu povo
Que crê em ti, meu Deus
Protege os homens
Que são filhos Teus

Eu nada quero
Nem um favor
Mas o meu povo é carente
De Amor

Ama o meu povo
Só te tem a ti
E acha que todos
São filhos de Deus

Protege os Homens
Filhos de Deus

Eu e o Natal...

Onde estás, Natal?
Porque não te consigo encontrar?
Porque fugiste?

O meu mundo está a mudar, eu estou a modificar.
Isso significa que o Natal também muda?


Onde estás, Natal?
Lembras-te do rapaz que conhecias?
Tu e eu não tinhamos preocupações.
Mas agora nada é facil.
O Natal mudou ou sou eu apenas "eu"?

sábado, maio 05, 2007

surgimos da escuridão


Surgimos da escuridão, surgimos do mar, na onda que se quebra na areia ao nascer do dia. Quando a noite se retirou, ali estávamos na terra a que chamaríamos de lar.

Surgimos da escuridão, surgimos da noite, a primeira de muitas manhãs neste novo lugar. Quando o sol rompeu a neblina, erguemo-nos como uma grande onda sobre a terra. Éramos agora o povo deste lugar.

O que arde por entre a chuva e a névoa? O que expulsa a escuridão? O que torna a montanha agreste?

Deus é o nosso Senhor e o nosso Pai. Rosto incandescente à porta do dia; conforto do lar, do gado e da colheita; Senhor da manhã, e do dia.

De coração erguido, cantamos o louvor, dançamos nos seus raios milagrosos.

*

Cristo morreu, o grande Senhor morreu mas Ressuscitou. Ele é como um escudo de bronze, uma parede de pedra. É como uma lança de luz, um guardião no alto, um rochedo no rio. É como o sol da manhã. É como um incêndio à noite. É uma história poderosa. É como um clarão na floresta, como uma tempestade repentina. Ele próprio é a VIDA ETERNA.

Raios e trovões fustigam as rochas. Assobiam os ventos e abatem-se tempestades sobre a floresta, espalhando manadas como grãos. O fogo salta do negro para o negro. Ao seu encontro, o medo e a raiva. Mas nós não sucumbiremos, nós não seremos lançados como grãos.

*

Eu Sou Jesus, perdido e desesperado. Eu Sou o Universo e o Universo Sou Eu. Forte e firme passeava pelo mundo. Mas a coroa e a cruz destruíram o meu conforto. Rasgado e magoado, ando de ramo em ramo. Os espinhos flagelam-me. Nem de dia nem de noite tenho paz.

*

Nenhuma vida dura para sempre aqui na nossa terra. Aqui cultivamos e lutamos, aqui amamos e morremos. Onda após onda, o mar da vida fustiga cada encosta.

*

Vimos o fumo da guerra ergue-se dos campos de trigo. Uma mancha sobre o sol. Secam as sementeiras, ossos de fome passeiam-se por caminhos apagados pela negra chuva da ruína.

Gerações completas erguem-se para partir. A terra enganou-nos. Negros soldados surgem contra nós. Com danças e cânticos, choramos nossos filhos.

Transportam-nos sobre os oceanos, dançando e cantando. Madrugada... partem os navios.

A dor de um amante ergue-se com a maré. E rasgam-se corações demasiados jovens para sofrer. O mar cruel é fundo, negro e vasto.

Surgimos da noite, surgimos do mar. Numa nova praia brilham as luzes da madrugada. Sem pai nem mãe, arrancados de nossos lares, trazemos lágrimas a esta terra... que faremos nossa.

*

Fortes e firmes, como me ensinou minha mãe. Assim dançamos. Fortes e firmes, como me ensinou meu pai. Assim cantamos.

Calcando as estradas da cidade. Em charcos de luz pelas esquinas,... o orgulhoso e alegre Carnaval dos pobres.

*

Sobre os telhados a musica chama. Ar conhecido mas não o nosso. Parece algo retirado de um livro de histórias. Alguém dançando, a nossa memória da neve...

*

Apesar de tudo, a lua sobre a cidade e sobre a floresta é a mesma em toda a parte. Na terra antiga, a lua pinta de prateado os campos de trigo como aqui.

Todos os rios vão dar ao mar. Toda a terra vai buscar vida ao rio. Amanhã o sol surgirá sobre planícies douradas.

O meu coração ficará curado. Aqui, numa nova margem, ergo a cabeça.

Um novo passo trilhado na memória dos passos dados. Tudo é uma viagem. De uma a outra terra, de uma vida para outra vida, recriamo-nos sob o mesmo sol e a mesma lua.

Uma geração depois, o filho do emigrante encontra-se pela primeira vez na velha terra, familiar e tão estranha. A graça tece o seu cantar sobre a montanha. Memória, rica em cantares... Coração

Mãe das dores


O Anjo tinha dito a Maria que Ela era a bendita entre todas as mulheres, e, apenas nascido Jesus, já o velho Simeão a chamava Mãe das Dores, já lhe anunciava que uma espada Lhe atravessaria o coração. Um dos castigos do pecado original era que a mulher daria à luz os filhos no meio de dores, e agora Simeão dizia-lhe que ela, que estava livre do pecado original, não nos daria à luz sem dores, unida à cruz de Jesus.

Se Ele devia ser o Homem das dores, Ela seria a Mãe das dores. Uma Senhora sem sofrimentos, junto de um Cristo sofredor, seria uma Senhora sem amor. Cristo amou-nos tanto que quis morrer para expiar a nossa culpa e quis que sua Mãe sofresse com Ele.

Foi cruel Simeão com Aquela jovenzita. Porquê antecipar a dor? Porquê não a deixar gozar as alegrias do nascimento? Porquê esta crueldade desnecessária? Porquê multiplicar-lhe a tristeza, antecipando-lhe?

Desde que Maria ouviu Simeão, nunca mais levantaria as mãozinhas do Menino, sem ver nelas uma sombra dos cravos. Simeão retirou o véu que ocultava o futuro e fez que a aguda espada da dor brilhasse diante dos olhos de Maria. Cada pulsação que observava nos punhos do seu querido filho, seria para ela como que o eco de uma martelada iminente. Ainda mal lançada ao mar do mundo aquela jovem vida, já Simeão, velho marinheiro, falava de naufrágios. Foi muito longa a ferida aberta pela espada.

A alegria do nascimento, os pastores, os magos, passaram, velozes, e chegou a amargura do desterro. E chega a Paixão. Maria não aparece no Domingo de ramos, mas não falta no encontro da Rua da Amargura. E menos ainda podia faltar no calvário, junto da cruz de Jesus.

Ali está a Mãe das Dores, sofrendo com o Filho. Agora repete o SIM que um dia pronunciou. Então custou-Lhe pouco, agora custa-Lhe muito. Repete-o com uma profunda dor. «Olhai se há dor semelhante à minha dor». Mas repete-o com firmeza, de pé. É a Rainha dos Mártires, a grande sacerdotisa da humanidade. Oferece o Filho e oferece-se a si mesma.

Jesus é colocado nos braços de sua Mãe. Maria deve ter-se recordado de Belém. Mas tudo tinha mudado. Agora está morto e desfigurado. Quando Jesus foi sepultado, a solidão de Virgem foi ainda maior. “Outra vez, como em Belém, o teu manto Lhe serve de berço e sobre ele teu amor voltava às primeiras angústias... Senhora, quem me dera chorar Contigo!”

quinta-feira, maio 03, 2007

Ajuda-me Senhor

Ajuda-me Senhor,
a brilhar como uma estrela!
Que eu ilumine com amor
o caminho de quem passa
Quero ser como uma vela
que de chama sempre acesa
encontre o outro na escuridão!

Ajuda-me Senhor,
a dar a mão
a recolher
a ouvir
a ser verdadeira.

Quero muito
não me deixar abater
por esta sociedade.
Mas sim, ver nela a sua beleza...
a Tua beleza!

Ajuda-me Senhor,
a fazer aqui na terra
um pedacinho de céu.

terça-feira, maio 01, 2007

Caminhando para Cristo com ajuda de Maria!

Esta foi uma frase que me marcou muito neste Domingo!
Dia muito especial, pois como no titulo está dito caminhámos para Cristo com ajuda de Nossa Mãe imaculada... foi a peregrinação ao Cabo Espichel, começando em Calhariz!
O dia começou bem cedo... cedinho cedinho... ainda mais pra um Domingo, mas garanto-vos que valeu a pena... Antes das 8 da manha já estavámos nós na Corredoura... buscar a carrinha do centro paroquial, pra trazer-mos as malas do pessoal pra não caminharem carregados (depois não digam k não somos bonzinhos)...
Mas o mais importante foi a partir de Calhariz, fomos visitar o mosteiro das Monjas de Belém, da ordem de São Bruno, são irmãs contemplativas que vivem no silencio, numa entrega total a Deus, e ao amor pelos irmãos, através da oração.
Em Calhariz, lugar único, abençoado de uma beleza sublime, de uma calma arrepiante, e de uma tranquilidade contagiante, rezámos, rezámos em união com toda a igreja a oração da manhã, as Laudes, a primeira coisa o salmo invitatório, k segundo o padre Luís é a primeira coisa que devemos de dizer quando acordamos, é pedir a Deus que a nossa boca só sirva pra o Bem Dizer, pra O adorar e O louvar neste dia, não me recordo do que foi dito concretamente, mas ficou-me retida na memória, uma historieta que o padre disse, k resumidamente é: quando ele andava no seminário, mesmo k passasse por outros colegas seminaristas, não os cumprimentava, pois as primeiras palavras do dia deviam de ser dirigidas a Nosso Senhor, e então depois falavam...
Aproveitamos pra conhecer a capela das irmãs, e só digo, na simplicidade consegue-se coisas maravilhosas, aproveitamos pra ver e adquirir algum do artesanato e da doçaria das irmãs (e elas têm mto jeito pra coisa).
Depois da partilha das irmãs, do seu testemunho, de algumas perguntas feitas e sabiamente respondidas, recebemos um presente, uma frase, que as irmãs brincavam e diziam k a caixinha onde estavam as frases, estava cheia do Espírito Santo... Então recebemos um pouquinho do Espírito Santo de Deus para meditarmos durante a viagem para a Corredoura...
Mas... (claro que tinha de haver um mas) a animação era tanta, os cânticos entoavam pelas ruas das pedreiras, as pessoas vinham às janelas, brincava-se e as frases passou um pouquinho ao lado, pelo menos a alguns...
A viagem fez-se sentir longa apesar da curta distancia, a vontade de caminhar rápido não constava da maior parte das alminhas ali presentes...
Finalmente, depois de termos andado um bom bocado chegámos ao centro paroquial do castelo de Sesimbra, sentámos em circulo no chão, prontos para ver o testemunho que a Célia e o André prepararam como casal... Gostei muito, desde já os meus parabéns...
Hora de almoço partilhado, de conviver, confraternizar com as tantas pessoas que conhecíamos e mesmo com as que não conhecíamos, pois estávamos unidos ali pela mesma causa principal, que é o amor a Deus Pai.
A malta teve a almoçar descansada, espantada pelas condições do centro, apanhar solinho deitados na relva... Cantámos os parabéns á Sara T, k cumpria mais uma primavera (não vou dizer quantas são ;P)...
Recebemos do André e da Célia também uma frase para meditarmos, pra vermos o que é k Deus tinha pra nos dizer naquele momento, desta vez tivemos mais tempo pra meditar...
Saímos do centro paroquial caminhando felizes para o Cabo Espichel...
Esta segunda parte da caminhada apesar de sempre animada, foi mais calma... rezámos o terço a Nossa Senhora, enquanto caminhávamos, rezamos pelo convívio fraterno 1033 que decorria na Arrábida e que tínhamos lá pessoas conhecidas e pessoas k viríamos a conhecer, rezámos pelas vocações, pois era o dia de encerramento da semana das vocações (44ª se não tou em erro)...
Pudemos fazer um caminho exterior e um caminho interior e pessoal, caminho esse que não acaba, discordantemente do que aconteceu com a caminhada, que terminou em grande estilo e teve a sua apoteose, na participação na festa maior da Igreja, a Eucaristia.
Eucaristia presidida pelo nosso bispo Dom Gilberto de uma forma sublime... de uma forma sentida, transpirava-se alegria... os sorrisos emanavam das caras dos jovens, dos diáconos, dos padres do bispo e de todas as pessoas ali presentes...
Depois de uma caminhada de cerca de 20 quilometros (pouco eu sei, mas pareceu bem mais...) celebrava-se o mistério de Deus encarnado e ressuscitado, do Deus feito pão e vinho, carne e sangue, do Deus que se entregou por nós... foi simplesmente sublime...
Foi um dia muitoooooooo bom, pro ano há mais, espero que com uma participação maior (pelo menos dos elementos do castelo, que estiveram em défice, por motivos de força maior).

Um abraço fraterno e que fiquem todos na Paz de Deus Nosso Senhor